Quando o então universitário Mark Zuckerberg decidiu usar seus conhecimentos em programação para fundar o Facebook, em 2004, mal sabia que em pouco menos de uma década teria uma fortuna avaliada em US$ 17,5 bilhões. Como ele mesmo disse diversas vezes, a vontade de conectar o mundo foi a grande catalisadora de tanto sucesso. O dinheiro, destaca, foi consequência.
O amor pelo sonho talvez seja a peça-chave no quebra- cabeças que é criar e administrar um negócio. Pelo menos é o que dizem empreendedores que, assim como o criador do Facebook, deram seus primeiros passos no mercado com a convicção de estarem construindo seus próprios impérios.
Santa Catarina vê o Vale do Itajaí como referência de potencial para crescer no universo das empresas start-ups. Dados da ACATE/Neoway comprovam que hoje no Estado existem mais de 2,6 mil empresas da área, que geram 50 mil empregos e faturam mais de R$ 4 bilhões por ano. Destas, de acordo com levantamentos do projeto StartupSC, do Sebrae, cerca de 50 estão no Vale – número que ainda é pequeno em comparação a cidades como Joinville e Florianópolis, mas que deve crescer nos próximos anos.
Fundada em 2014, a Ecotag é especializada na produção de lacres de autenticidade. O diferencial inovador? Produção 100% nacional e 75% ecológica. Hoje, a empresa tem clientes de renome como Dudalina e Damyller, além de um sistema de produção robotizado, parque fabril de mil metros quadrados e três milhões de tags fabricadas mensalmente para cerca de 60 clientes.
Mas seu fundador e diretor executivo, Junior Souza, garante que, no início, foi preciso jogo de cintura para driblar os impasses do mercado.
“Tínhamos só uma máquina, agora temos três. Meu sonho é ter 20 (risos). Não tem segredo para o sucesso, você só precisa acreditar muito na sua ideia e não desistir. Meu lema é: se você faz só pelo dinheiro, esquece. Seu negócio vai morrer. Tem que tirar o foco do resultado financeiro e criar um propósito. Pensar: ‘Ok, como eu vou mudar a vida das pessoas?'”, sublinha.
Atualmente, a Ecotag conta com 39 representantes de venda espalhados pelo Brasil, um na Argentina e um no Peru. Junto a modelos tecnológicos de tags e lacres, que são idealizados todos os dias, a empresa vai inovar com o lançamento de um app para celular que promete identificar se um produto é falsificado ou não.
“O Vale do Itajaí tem muitas oportunidades, mas as pessoas precisam enxergar o quintal que têm. E, claro, o empreendedor tem que se esforçar. Aqui, se um funcionário não pode trabalhar, eu subo no galpão e ligo as máquinas”, completa o CEO.
Com informações do Jornal de Santa Catarina.
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